Harry Potter
Harry Potter
segunda-feira, 5 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
HARRY POTTER
O andamento da trama também explica por que tanta atenção se dá ao professor que troca de lugar com Snape, Horace Slughorn, que vem dar à escola de magia um toque de mundanidade e sede de prestígio social, com sua escolha de “favoritos” que lhe podem ser úteis no futuro (“Ocorreu a Harry a nítida imagem de uma grande aranha inchada, tecendo a teia em torno dele, torcendo um fio aqui e outro ali para trazer mais perto suas moscas gordas e sumarentas”). Potter, agora com 16 anos, se destaca nas suas aulas ao usar um velho livro paradidático cheio de anotações criativas (e potencialmente perigosas) de um ex-aluno, um “Príncipe mestiço” (que descobriremos tratar-se do próprio Snape), apesar dos avisos de sua amiga Hermione (parece que ele se esqueceu do que acontecera em Harry Potter e A Câmara Secreta).
Enquanto isso, ele e Dumbledore se ocupam em vasculhar o passado de Lord Voldemort quando era o jovem Tom Riddle e vivera, muito à Dickens, num orfanato (ficamos conhecendo também a sua mãe, que era bruxa, e seu pai, trouxa, que fugira com ela e a abandonara, grávida), e em localizar os objetos nos quais ele concentrou parte de seu ser, as horcruxes (ter tentado destruir uma delas parece ser a causa da ampla mutilação de uma das mãos do grande bruxo). Harry participará, inclusive, de uma incursão em busca de um medalhão antigo numa caverna, cujo clímax será o crime de Snapes.
Na condição de penúltimo volume, e postado entre dois livros monstruosamente prolixos e vibrantes (A Ordem da Fênix e As Relíquias da Morte), O Enigma do Príncipe parece o mais sem graça de toda a série. O primeiro (A Pedra Filosofal) a apresentava de forma muito bem sucedida, os dois seguintes eram brilhantes (A Câmara Secreta & O Prisioneiro de Azkaban) em termos de fabulação e esgotavam todas as possibilidades de Hogwarts como cenário principal (e na minha opinião ainda constituem seu ponto alto), depois o quarto (O Cálice de Fogo) abria-se para uma visão mais ampla do mundo bruxo (com o torneio internacional, além da copa mundial de quadribol), além de marcar a restauração física de Voldemort, o quinto (A Ordem da Fênix) é o ciclope que conhecemos, e o sétimo (As Relíquias da Morte) um “grand finale”. Apesar de conter o fato mais dramático até então ocorrido, a morte de Dumbledore (além disso, traído ignominiosamente), o que a sexta aventura de Harry Potter oferece?
Para começar, tem o início mais inteligente e divertido, entre todos, com o encontro entre o ministro da magia e o ministro trouxa. Além disso, é o único em que há realmente uma excursão aventuresca clássica, ou seja, para um lugar desconhecido (quando Dumbledore e Harry penetram na caverna onde Voldemort escondeu uma das horcruxes), que não seja as dependências ou imediações de Hogwarts ou do Ministério da Magia, talvez o grande momento narrativo do romance. Aliás, o desaparecimento de Dumbledore, que era uma figura perpassada por um sopro poético (não é à toa que, quando busca Potter na casa dos tios, ele diz a seu protegido de forma shakesperiana:“E agora, Harry, vamos sair para a noite em busca dessa sedutora volúvel, a aventura”) mostra o grande vazio que se abate sobre os heróis: a sucessora é a sempre firme, leal, mas inabalavelmente prosaica Minerva McGonagall (e caberá a Harry preencher o vazio).
Para os adolescentes (será que só para eles ?), há decerto um charme a mais: pode parecer estranho (e no entanto é totalmente verossímil) que Harry e seus amigos se preocupem com exames, matérias e paixonites e rusgas e picuinhas, com tal ameaça pairando sobre eles. Ou seja, o cotidiano equilibra a sombria atmosfera geral. Esse é o momento das descobertas amorosas (inclusive da paixão de Harry pela, a meu ver, chatinha Ginny Weasley, que substitui em definitivo a anódina Cho Chang), dos beijos, dos amassos, dos ficares e demais rituais da idade. Esse deve ser, aliás, o grande apelo do filme de David Yates (incrementado pela crescente beleza de Daniel Radcliffe e Emma Watson desde o primeiro filmeJ.K. Rowling os captura com precisão. Parece não estar acontecendo nada, e está acontecendo tudo.
HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE
(resenhas publicadas em 10 e 17 de novembro de 2007)
Como milhões de pessoas, eu aguardava fervorosamente Harry Potter e As Relíquias da Morte, sete e último volume da série, oficialmente lançado hoje no Brasil. Não tanto para saber se o Harry viveria ou morreria (e J.K. Rowling maliciosamente brinca com tal expectativa, fazendo o bruxo descobrir que a aparente intenção de seu mentor, Dumbledore, era que ele morresse no confronto com Lord Voldemort; e, em pleno clímax, colocando um capítulo que se passa numa espécie de Além, com Harry debatendo seu destino com o falecido diretor de Hogwarts, o qual fora supostamente assassinado à traição pelo professor Snape, em Harry Potter e O Enigma do Príncipe), mas para saber se a autora conseguiria amarrar todos os fios de uma trama geral que a cada volume ficava mais intrincada e politizada.
Saldo de uma leitura febril: tirando os persistentes pequenos defeitos (muita gente acha que a prolixidade é um deles, só que as páginas de Rowling são devoráveis, e ela criou um mundo completo, então…; não, o que mais incomoda é certa obtusidade do protagonista, que insiste em uma atitude burra e às vezes nos aliena do seu ponto-de-vista, que, afinal, domina a narrativa, pois Harry está presente em 99% do texto, à exceção do primeiro capítulo, e muitas vezes isolado do mundo dos bruxos), tudo se cumpre à perfeição e com absoluta habilidade. Só é dispensável inapelavelmente o apêndice onde se dá um salto de 19 anos e que contraria de forma inconvincente o clima mais para pessimista desse livro semeado de perdas: a coruja Edwiges, Olho-Tonto Moody, Professor Lupin e sua esposa, um dos gêmeos Weasley, o elfo Dobby…
Um dos aspectos mais fortes de Harry Potter e As Relíquias da Morte é a denúncia do totalitarismo que ameaça o mundo na esteira dos acontecimentos do 11 de setembro: a limitação das liberdades, principalmente àqueles que são os Outros. Aliás, já comentei em outras ocasiões como Rowling entrelaçou de forma magistral o antigo sistema de classes da Inglaterra com o seu mundo de famílias bruxas “sangue puro” as quais têm de engolir a convivência com mestiços e “sangues ruins”, sem falar de outras espécies (elfos, duendes, gigantes).
Por outro lado, a escolha da moldura da série (os anos escolares da escola de magia de Hogwarts) não podia ter sido mais feliz, pois permitiu que se acompanhasse o desenvolvimento do personagem desde seus 11 anos, com as rivalidades, anseios e rebeldias da passagem pela adolescência. Por isso, embora a maior parte da narrativa transcorra longe de Hogwarts (Harry, Hermione e Rony saem pela Inglaterra numa peregrinação em busca das Horscruxes que contêm, cada uma, uma parcela da alma de Voldemort, para destruí-las, com escassas pistas; ao mesmo tempo, são proscritos da “nova ordem mundial” dos bruxos, e ainda ficam sabendo da existência de três “relíquias da morte”: uma varinha invencível, uma pedra ressuscitadora e a já famosa capa de invisibilidade, que Harry herdou do pai no primeiro volume da série), é mais do que justo que seja ali, o lugar que o portador d cicatriz tem como seu verdadeiro lar, o palco do embate final entre Lord Voldemort e seus Comensais da Morte e Harry e a Ordem da Fênix e a Armada de Dumbledore, após a história começar como de praxe, com o aniversário de Harry, quando ele completa 17 anos e perde o feitiço de proteção que o resguarda e portanto se torna suscetível de ser morto com sucesso pelo Bruxo das Trevas.
“O Sr. e a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros, número 4, se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais, muito bem, obrigado.”
Desde a publicação, há 10 anos, do livro (Harry Potter e A Pedra Filosofal, 1997) que se abria com a frase acima, os sete volumes da série não só encantaram milhões de pessoas, entre elas o autor deste artigo, mas também foram progressivamente configurando um universo completo, “mobiliado” (para utilizar uma expressão de Umberto Eco), auto-suficiente em termos ficcionais.
J.K. Rowling sabe exatamente como funcionam as crianças e adolescentes: a competição acirrada entre as casas de Hogwarts (principalmente entre Grifinória e Sonserina) prova isso. Foi ótimo que os jovens gostassem de uma coisa tão boa, tão inventiva. Só que os leitores adultos tiveram também um quinhão apreciável desse prazer inesperado. Quando surgiu o Harry da pedra filosofal foi preenchido um vácuo no mundo da fabulação: entre o infantil e o adulto nada havia, a não ser os clássicos e o cinema meio-efeitos especiais/meio-visão debilóide da vida, pós Spielberg & Lucas.
Podia ser um feliz acaso. Veio o segundo (talvez o mais impressionante de todos), Harry Potter e A Câmara Secreta, reafirmando as qualidades do anterior e permeado por um suspense incrível, até sua solução realmente inesperada e inteligentíssima.
Esses dois primeiros volumes eram esféricos, fechados em si mesmos. A partir do próximo, Harry Potter e O Prisioneiro de Azkaban (cuja solução também é bárbara, com a revelação da identidade de Rabicho, que se disfarçava no rato Perebas), o leque se abre, os finais tornam-se inconclusos, exigindo continuação, o que fica mais claro ainda em Harry Potter e O Cálice de Fogo, no qual a macro-narrativa(a guerra entre o lado de Dumbledore e o lado de Lord Voldemort, com o Ministério da Magia no meio) que percorre a série delineia-se nitidamente, o que exigirá volumes de fôlego de forma a sustentar convincentemente o clímax, Harry Potter e As Relíquias da Morte.
Na seção anterior, salientei seu lado mais politizado, a denúncia da limitação das liberdades civis, devido a uma ameaça latente ou efetiva. O que é preciso enfatizar realmente é que o dado mais preocupante reside no fato de que Lord Voldemort, com toda a sua maldade e megalomania, apenas serve como elemento catalisador de preconceitos, intolerâncias e desigualdades subjacentes à sociedade dos bruxos. Ele não perverte essa sociedade, e sim expõe o seu lado mais feio e desagradável, tão revoltante como a indiferença e estupidez do casal “trouxa” Dursley no início da história (aliás, Rowling redime o filho deles, Duda, da sua excessiva sanha caricatural neste seu adeus à série). E com que rapidez o Ministério da Magia reage, limitando ou anulando direitos civis, e transformando indivíduos em “indesejáveis” ao regime, não tanto num passe de mágica, mas através de decretos arbitrários e expurgos! Provavelmente esse fator, mais do que a extensão, é que propiciou o clima opressivo dos três últimos volumes, além da habilidosa redução do ponto-de-vista narrativo, que faz com que tudo fique ainda mais aflitivo.
Por outro lado, entre as muitas qualidades de Harry Potter e As Relíquias Sagradas, não se poderia deixar de destacar a justiça que o livro faz a dois personagens essenciais à trama (é verdade também que a adorável Sra. Weasley tem seu momento de glória ao duelar com a perversa Belatriz): o professor Snape e Neville Longbottom.
Snape é um dos personagens de trajetória mais bem urdidas dentro da série, em razão da ambigüidade que cerca seu posicionamento, e isso até o fim, quando Harry descobre o porquê dos seus atos (seu amor por Lílian Potter) e a combinação entre ele e Dumbledore (acometido por uma doença terminal) para tirar o máximo efeito possível de um pretenso assassinato (propiciando ao diretor da Sonserina reaproximar-se de Voldemort), num dos capítulos-chaves do romance, o quase elegíaco “A história do príncipe”. O que torna efetivamente trágica a figura de Snape e o redime de todos os desagradáveis confrontos anteriores com Harry é que este fica sabendo da verdade após testemunhar a morte do seu professor mais detestado (ou seja, quando a vida deste transformou-se em destino) por ordem de Voldemort, o qual acredita ser indispensável sacrificar seu “colaborador” para possuir de fato uma das três “relíquias da morte” (como se vê, tudo é muito bem amarrado).
Já a figura de Neville cresceu junto com a série: era o gordinho desajeitado, objeto de risotas e peças de mau gosto, servindo um pouco de alívio cômico, e aos pouquinhos (muito aos pouquinhos, discretamente) foi mudando e afirmando-se; também ficamos sabendo do passado terrível de sua família, e houve até a possibilidade de que ele fosse o predestinado, ao invés de Harry (como se aventou em Harry Potter e A Ordem da Fênix). Pois na volta de Harry, Rony e Hermione a Hogwarts, após centenas de páginas, descobrimos que ele é o líder da resistência a Voldemort na escola, o que levará ao desenlace (a batalha entre os dois lados), no qual ele estará ao lado do protagonista (cumprindo de certa forma a enviesada profecia) no momento crucial, em que tudo se decide
Já viram as fotos da inauguração do parque Mundo Mágico de Harry Potter?
Veja fotos e saiba mais sobre a inauguração do parque de Harry Potter
Obaaaa! O tão esperado Mundo Mágico de Harry Potter já está com as portas abertas! E claro, já entrou para a listinha dos "lugares que mais queremos ir" em Orlando.
A área é inspirada nos livros e filmes do bruxinho mais fofo de todos e foi inaugurada na última sexta-feira (18) com a participação super especial de parte do elenco.
Dá uma olhadinha nas fotos!
Imagina andar na montanha-russa do hopogrifo ao lado de Daniel Radcliffe? Não seria incrível? Foi essa experiência que alguns visitantes tiveram.
Vale a pena lembrar que essa área dedicada ao Harry Potter levou cinco anos para ficar pronta, e, está localizada dentro do Islands of Adventure, um parque superlegal da Universal Studios.
Emma Watson e Daniel Radcliffe estão chateados com o final de “Harry Potter”
Os atores começam a se despedir dos papeis que mudaram suas vidas
Depois de 10 anos vivendo Hermione Granger e Harry Potter, Emma Watson e Daniel Radcliffeestão se despedindo dos personagens. Isso porque eles já estão gravando as últimas cenas do último filme da saga, “Harry Potter e as Relíquias da Morte.”
"Eu sinto como se alguém estivesse morrendo" diz Emma sobre o fim da série.
"Eu ficarei devastado.Não há nada que eu veja que não me ligue as lembranças. Tudo (sobre os filmes) é muito legado a minha vida. Ao mesmo tempo, é demais. É o fim" diz Daniel.
A gente já sabe que vamos ficar triste sem Harry Potter, mas por outro lado vamos assistir ao último filme de uma série que vem nos conquistando há anos.
E você? Está ansiosa ou triste com o final de Harry Potter?